O ritmo da universidade é ainda mais alucinante do que eu pensava, quem diria... Três semanas passadas e parece que nem passaram três dias. Sitíos novos, aulas novas, pessoas novas, rotinas novas, ... E sem querer a pouco e pouco, esqueço-me de como era, antiagamente, de sair de casa às 8:05 para as aulas daí a 5 minutos, de passar os intervalos no bar ou na área coberta, de estar com as pessoas que conheci durante anos e anos. Esqueço-me e tento ao mesmo tempo lembrar-me enquanto corro de um lado para o outro: apanhar o metro a uma hora inimaginável, não saber exactamente onde fica a sala/bar/w.c./fotocópias, falar com pessoas das quais nem sei o nome ainda e de constatemente repetir o meu ("É Catarina, não é?", "Sim, e tu és...? Desculpa, é muita gente."), ter aulas em que saio a perceber menos do que quando entrei, estudar tudo e nada só para o caso de ser a próxima vitíma da professora de Contabilidade, fazer o exame de código e passar, dormir 5 horas para começar tudo outra vez no outro dia, porque há um trabalho de grupo que vale 40% para entregar na próxima semana sobre matéria que não vamos dar. É difícil conciliar tudo, é difícil não esquecer com tanto para viver. E depois dou por mim no fim de uma semana que voou a olhar para as fotografias do baile de finalistas e a relembrar que nunca nenhuma noite será comparável aquela, nunca nenhuns amigos serão como aqueles, nunca haverá uma semana tão ocupada que me permita esquecer aquelas que continuam a ser as pessoas que mais marcaram a minha vida. Tenho tantas saudades, credo... Só agora é que me apercebo. Só agora é que vejo que isto, a universidade, não é uma coisa temporária: os tempos do Secundário, felizmente e infelizmente, não vão voltar. Mas haverão sempre oportunidades para relembrar, e obviamente, para reencontrar e reviver aqueles momentos com aquelas pessoas.
<3
8.10.10
16.8.10
making decisions.
Chega uma altura em que é preciso tomar decisões: direita ou esquerda, economia ou gestão, branco ou preto, ser feliz ou não... Na verdade cada vez me custa mais a acreditar que a última seja uma opção, mas funciona mais como uma predisposição genética. A felicidade é algo que é tão ridiculamente óbvio para algumas pessoas, e para outras não poderia ser uma regalia mais rara.
Decisões, decisões, ... Quanto mais o tempo avança mais dificeis se tornam as escolhas, mais emaranhado se torna o percurso por entre as árvores, o nevoeiro a encobrir o que se avizinha, a floresta em que vivo a obstruir a passagem de todas as maneiras possiveís. Não há saída? Não parece haver. Eu procuro e procuro, eu caio e volto a levantar-me, apenas para descobrir que ando às voltas no mesmo círculo vicioso.
"Vale a pena lutar?" - pergunto-me - "Vale a pena continuar a massacrar o que já está dormente de dor?"
Penso seriamente no assunto, mas eventualmente sempre me levanto e continuo a busca. Porém a questão põe-se mais uma vez: ficar ou ir, desistir ou lutar, ganhar ou morrer? Ao fim do dia os meus ossos estalam e pesam e arrastam-se preparando-se para um novo dia, dia após dia, neste labirinto sem fim.
Decisões, decisões, ... Quanto mais o tempo avança mais dificeis se tornam as escolhas, mais emaranhado se torna o percurso por entre as árvores, o nevoeiro a encobrir o que se avizinha, a floresta em que vivo a obstruir a passagem de todas as maneiras possiveís. Não há saída? Não parece haver. Eu procuro e procuro, eu caio e volto a levantar-me, apenas para descobrir que ando às voltas no mesmo círculo vicioso.
"Vale a pena lutar?" - pergunto-me - "Vale a pena continuar a massacrar o que já está dormente de dor?"
Penso seriamente no assunto, mas eventualmente sempre me levanto e continuo a busca. Porém a questão põe-se mais uma vez: ficar ou ir, desistir ou lutar, ganhar ou morrer? Ao fim do dia os meus ossos estalam e pesam e arrastam-se preparando-se para um novo dia, dia após dia, neste labirinto sem fim.
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Video/Music
22.6.10
04.09.2007 - 20:10
À medida que o comboio passava as pessoas olhavam curiosas.
A cabeça de uma pequena rapariguinha dos seus 16 anos estava a espreitar para fora do comboio, e à medida que ele andava mais depressa, mais ela punha a cabeça de fora, com um largo sorriso na cara, o seu cabelo loiro com manchas de castanho aqui e ali.
Meredith vivera sempre numa cidade pequena com a sua mãe e nunca visitara uma cidade grande como Seattle. A mãe, Delia, nunca tivera muito dinheiro e as coisas tinham piorado desde que o seu pai morrera quando ela tinha apenas 4 anos.
Mas agora era tudo diferente... Ela tinha trabalhado em part-time num café para ganhar dinheiro para fazer a viagem da sua vida e para pagar os estudos. Não tinha sido propriamente fácil, mas na sua opinião valera a pena, pois nunca na sua vida se sentira tão feliz.
Agora, depois de todo o esforço, de tirar uma boas férias em Seattle, ela teria milhões de portas, ela poderia escolher qualquer uma para o seu futuro, mas o que é que ela queria realmente?
Desde pequena que ela tinha o sonho de ir a Seattle, andar de ferryboat, mas agora que já tinha concretizado os seus sonhos, qual é que seria o seu próximo objectivo?
A brisa começava a ser cada vez menos à medida que o comboio abrandava, e o cabelo de Meredith já quase nem esvoaçava, ao contrário dos seus pensamentos, que voavam a alta velocidade dentro da sua cabeça.
Quando o comboio parou definitivamente ela pegou na sua pequena mala de viagem e saiu. Olhou à sua volta. O rio de um lado e os prédios do outro, em ambos o sol reflectia de uma maneira simplesmente fantástica, era um brilho que emanava alegria e esperança.
Meredith sentia que aquilo era o início de uma nova aventura, fosse qual fosse a sua decisão para o futuro, ela tinha a certeza que seria feliz no fim.
Hoje estive a fazer arrumações - a minha vida nos Maristas acabou, os exames (em princípio) acabaram, e eu descobri este texto num caderno de apontamentos ainda do 10ºano, quando ainda acreditava em sonhos impossíveis e coisas do género. De qualquer maneira, tenho tendência a perder folhas soltas e não gosto de perder os meus textos por isso, e como se enquadra nesta fase das nossas vidas (da minha, dos finalistas do 12ºano, de todos os que estão prontos a mudar algo na sua vida) achei por bem postar aqui, apesar de a escrita ser um bocado terrível e ter demasiadas referências a Anatomia de Grey. Lamento. Culpem o meu eu de 15 anos. Nem foi assim há tanto tempo, mas parece que passou uma vida inteira nestes 3 anos.
10.6.10
need to love.
I want to live in a field of daisies where it's neither too sunny or too cloudy for the rest of my life.
I want to go to Paris, again and again, travel across Europe and sleep on the streets, wake up with the smell of a new day.
I want to read every book there is to read and love them and keep them, with me, forever.
I want to listen to this music all the time and not get tired of it.
I want to dream, pretty dreams of clouds and stars and random crap that I find nice.
I want to dance. A lot. Dance and dance and dance until no one stands to watch me dance anymore.
I want to spin around and around and around and have a dress that spins as well as I do.
I want a lot, a lot of things, a lot of things that can't be done.
I want to fly.
I want to stop wanting.
I want and I don't.
this time is ours.
who knows where we'll be tomorrow
what if we're never here again?
After tonight
This will be a lifetime ago
so let's stay up until the sky bleeds red.
And we'll stop stop stop the world from moving
Stop stop stop the grass from turning
Stop this night from fading away
This time is ours
If I could hold this moment in my hands
I'd stop the world from moving
I'd stop the grass from turning
This time is ours
inside a frozen memory of us
And we are motionless, motionless
Gone like a dream that I have just awoken from
Fading away, just out of reach
And we are here, but I already miss you
even as you're lying next to me
And we'll stop stop stop the world from moving
Stop stop stop the grass from turning
Stop this night from fading away
This time is ours
If I could hold this moment in my hands
I'd stop the world from moving
I'd stop the grass from turning
This time is ours
inside a frozen memory of us
And we are motionless, motionless
And we'll stop stop stop the world from moving
Stop stop stop the grass from turning
Stop this night from fading away, fading away
If I could hold this moment in my hands
I'd stop the world from moving
I'd stop the grass from turning
This time is ours
inside a frozen memory of us
And we are motionless, motionless
This time is ours
Acho que nada descreve melhor a noite de ontem como esta música. Só agora me apercebo que nunca mais vou ver grande parte das pessoas com quem passei anos e anos na mesma escola e ontem festejei o fim desta fase das nossas vidas. Para dizer a verdade, a noite de ontem, a noite do Baile de Finalistas, foi uma das melhores noites da minha vida, superou bastante as minhas expectativas e nunca me esquecerei dela.
Se ao menos o tempo não passasse e pudéssemos viver naquela noite para sempre, todos juntos, mas com a ideia que estamos prestes a enfrentar o futuro que nos espera. Porque a verdade é que nenhum de nós quer ficar nos Maristas mas também ninguém quer sair. E agora, quer estejamos preparados ou não, o tempo passa, a noite, a nossa vida naquela escola acaba e o futuro espera-nos, noutra escola, com outras pessoas, noutro sitio.
E desde que ninguém se esqueça dos momentos vividos, não há motivo para chorar - como tem sido o hábito nestes últimos dias - sim, foram momentos maravilhosos, mas agora é tempo de seguirmos em frente e viver mais momentos, bons ou maus, com outras pessoas.
15 anos... Não é pouco tempo. É uma vida. E agora está na altura de continuar a vivê-la.
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