18.3.08

Mean Wait

Eu espero-te, na noite escura e fria. Eu espero eternamente sob o céu enublado. Sentada nesta cadeira velha, numa sala escura, em que a única coisa que me diz que é noite é a janela minúscula com grades de ferro. Eu olho e desejo-a. Desejo aquela noite que não posso ter. As lágrimas, essas já não caem mais. Não. Os meus olhos estão secos, encarquilhados, completamente desidratados, porque chorar pertenceu ao passado, quando era fútil e ignorante. Agora apenas um deserto seco e impiedoso me espera.
Mas eu ainda te espero. Espero-te debaixo de um arco de sofrimento, porque ainda tenho esta esperança… A esperança de que sejas “aquele”. Porque eu sei que te amo! Só não sei quem és…

3.3.08

Touch... Awaking my soul

O toque pode por vezes ser uma coisa terrível para mim. O calor, a sensação, não sei… Faz-me lembrar dias esquecidos de Verão que nunca hão-de voltar, faz-me lembrar aquilo que não tenho, faz-me lembrar a impossibilidade. Mas por vezes, por vezes, um abraço seria suficiente para reconstituir a minha vida, para dizer luta mais um bocado, pois talvez a batalha esteja quase ganha.
Á noite em sonho o Mundo é preto e frio, sou só eu agarrada a uma almofada, é só uma pequena rapariga que voltou à sua infância e está assustada agarrada àquilo que apenas são sonhos despedaçados e projectos impossíveis.
Sou apenas… um pedaço de uma jarra partida.