8.10.10

remember.

O ritmo da universidade é ainda mais alucinante do que eu pensava, quem diria... Três semanas passadas e parece que nem passaram três dias. Sitíos novos, aulas novas, pessoas novas, rotinas novas, ... E sem querer a pouco e pouco, esqueço-me de como era, antiagamente, de sair de casa às 8:05 para as aulas daí a 5 minutos, de passar os intervalos no bar ou na área coberta, de estar com as pessoas que conheci durante anos e anos. Esqueço-me e tento ao mesmo tempo lembrar-me enquanto corro de um lado para o outro: apanhar o metro a uma hora inimaginável, não saber exactamente onde fica a sala/bar/w.c./fotocópias, falar com pessoas das quais nem sei o nome ainda e de constatemente repetir o meu ("É Catarina, não é?", "Sim, e tu és...? Desculpa, é muita gente."), ter aulas em que saio a perceber menos do que quando entrei, estudar tudo e nada só para o caso de ser a próxima vitíma da professora de Contabilidade, fazer o exame de código e passar, dormir 5 horas para começar tudo outra vez no outro dia, porque há um trabalho de grupo que vale 40% para entregar na próxima semana sobre matéria que não vamos dar. É difícil conciliar tudo, é difícil não esquecer com tanto para viver. E depois dou por mim no fim de uma semana que voou a olhar para as fotografias do baile de finalistas e a relembrar que nunca nenhuma noite será comparável aquela, nunca nenhuns amigos serão como aqueles, nunca haverá uma semana tão ocupada que me permita esquecer aquelas que continuam a ser as pessoas que mais marcaram a minha vida. Tenho tantas saudades, credo... Só agora é que me apercebo. Só agora é que vejo que isto, a universidade, não é uma coisa temporária: os tempos do Secundário, felizmente e infelizmente, não vão voltar. Mas haverão sempre oportunidades para relembrar, e obviamente, para reencontrar e reviver aqueles momentos com aquelas pessoas.

<3

16.8.10

making decisions.

Chega uma altura em que é preciso tomar decisões: direita ou esquerda, economia ou gestão, branco ou preto, ser feliz ou não... Na verdade cada vez me custa mais a acreditar que a última seja uma opção, mas funciona mais como uma predisposição genética. A felicidade é algo que é tão ridiculamente óbvio para algumas pessoas, e para outras não poderia ser uma regalia mais rara.
Decisões, decisões, ... Quanto mais o tempo avança mais dificeis se tornam as escolhas, mais emaranhado se torna o percurso por entre as árvores, o nevoeiro a encobrir o que se avizinha, a floresta em que vivo a obstruir a passagem de todas as maneiras possiveís. Não há saída? Não parece haver. Eu procuro e procuro, eu caio e volto a levantar-me, apenas para descobrir que ando às voltas no mesmo círculo vicioso.
"Vale a pena lutar?" - pergunto-me - "Vale a pena continuar a massacrar o que já está dormente de dor?"
Penso seriamente no assunto, mas eventualmente sempre me levanto e continuo a busca. Porém a questão põe-se mais uma vez: ficar ou ir, desistir ou lutar, ganhar ou morrer? Ao fim do dia os meus ossos estalam e pesam e arrastam-se preparando-se para um novo dia, dia após dia, neste labirinto sem fim.


22.6.10

04.09.2007 - 20:10

À medida que o comboio passava as pessoas olhavam curiosas.
A cabeça de uma pequena rapariguinha dos seus 16 anos estava a espreitar para fora do comboio, e à medida que ele andava mais depressa, mais ela punha a cabeça de fora, com um largo sorriso na cara, o seu cabelo loiro com manchas de castanho aqui e ali.
Meredith vivera sempre numa cidade pequena com a sua mãe e nunca visitara uma cidade grande como Seattle. A mãe, Delia, nunca tivera muito dinheiro e as coisas tinham piorado desde que o seu pai morrera quando ela tinha apenas 4 anos.
Mas agora era tudo diferente... Ela tinha trabalhado em part-time num café para ganhar dinheiro para fazer a viagem da sua vida e para pagar os estudos. Não tinha sido propriamente fácil, mas na sua opinião valera a pena, pois nunca na sua vida se sentira tão feliz.
Agora, depois de todo o esforço, de tirar uma boas férias em Seattle, ela teria milhões de portas, ela poderia escolher qualquer uma para o seu futuro, mas o que é que ela queria realmente?
Desde pequena que ela tinha o sonho de ir a Seattle, andar de ferryboat, mas agora que já tinha concretizado os seus sonhos, qual é que seria o seu próximo objectivo?
A brisa começava a ser cada vez menos à medida que o comboio abrandava, e o cabelo de Meredith já quase nem esvoaçava, ao contrário dos seus pensamentos, que voavam a alta velocidade dentro da sua cabeça.
Quando o comboio parou definitivamente ela pegou na sua pequena mala de viagem e saiu. Olhou à sua volta. O rio de um lado e os prédios do outro, em ambos o sol reflectia de uma maneira simplesmente fantástica, era um brilho que emanava alegria e esperança.
Meredith sentia que aquilo era o início de uma nova aventura, fosse qual fosse a sua decisão para o futuro, ela tinha a certeza que seria feliz no fim.

Hoje estive a fazer arrumações - a minha vida nos Maristas acabou, os exames (em princípio) acabaram, e eu descobri este texto num caderno de apontamentos ainda do 10ºano, quando ainda acreditava em sonhos impossíveis e coisas do género. De qualquer maneira, tenho tendência a perder folhas soltas e não gosto de perder os meus textos por isso, e como se enquadra nesta fase das nossas vidas (da minha, dos finalistas do 12ºano, de todos os que estão prontos a mudar algo na sua vida) achei por bem postar aqui, apesar de a escrita ser um bocado terrível e ter demasiadas referências a Anatomia de Grey. Lamento. Culpem o meu eu de 15 anos. Nem foi assim há tanto tempo, mas parece que passou uma vida inteira nestes 3 anos.

10.6.10

need to love.

I want to live in a field of daisies where it's neither too sunny or too cloudy for the rest of my life.
I want to go to Paris, again and again, travel across Europe and sleep on the streets, wake up with the smell of a new day.
I want to read every book there is to read and love them and keep them, with me, forever.
I want to listen to this music all the time and not get tired of it.
I want to dream, pretty dreams of clouds and stars and random crap that I find nice.
I want to dance. A lot. Dance and dance and dance until no one stands to watch me dance anymore.
I want to spin around and around and around and have a dress that spins as well as I do.
I want a lot, a lot of things, a lot of things that can't be done.
I want to fly.
I want to stop wanting.
I want and I don't.

this time is ours.

After tonight,
who knows where we'll be tomorrow
what if we're never here again?

After tonight
This will be a lifetime ago
so let's stay up until the sky bleeds red.

And we'll stop stop stop the world from moving
Stop stop stop the grass from turning
Stop this night from fading away




This time is ours
If I could hold this moment in my hands
I'd stop the world from moving
I'd stop the grass from turning


This time is ours
inside a frozen memory of us
And we are motionless, motionless
Gone like a dream that I have just awoken from
Fading away, just out of reach
And we are here, but I already miss you
even as you're lying next to me

And we'll stop stop stop the world from moving
Stop stop stop the grass from turning
Stop this night from fading away

This time is ours
If I could hold this moment in my hands
I'd stop the world from moving
I'd stop the grass from turning

This time is ours
inside a frozen memory of us
And we are motionless, motionless


And we'll stop stop stop the world from moving
Stop stop stop the grass from turning
Stop this night from fading away, fading away


This time is ours
If I could hold this moment in my hands
I'd stop the world from moving
I'd stop the grass from turning

This time is ours
inside a frozen memory of us
And we are motionless, motionless

This time is ours





MusicPlaylist
Music Playlist at MixPod.com



Acho que nada descreve melhor a noite de ontem como esta música. Só agora me apercebo que nunca mais vou ver grande parte das pessoas com quem passei anos e anos na mesma escola e ontem festejei o fim desta fase das nossas vidas. Para dizer a verdade, a noite de ontem, a noite do Baile de Finalistas, foi uma das melhores noites da minha vida, superou bastante as minhas expectativas e nunca me esquecerei dela.
Se ao menos o tempo não passasse e pudéssemos viver naquela noite para sempre, todos juntos, mas com a ideia que estamos prestes a enfrentar o futuro que nos espera. Porque a verdade é que nenhum de nós quer ficar nos Maristas mas também ninguém quer sair. E agora, quer estejamos preparados ou não, o tempo passa, a noite, a nossa vida naquela escola acaba e o futuro espera-nos, noutra escola, com outras pessoas, noutro sitio.
E desde que ninguém se esqueça dos momentos vividos, não há motivo para chorar - como tem sido o hábito nestes últimos dias - sim, foram momentos maravilhosos, mas agora é tempo de seguirmos em frente e viver mais momentos, bons ou maus, com outras pessoas.
15 anos... Não é pouco tempo. É uma vida. E agora está na altura de continuar a vivê-la.

7.6.10

nothing.

A música ecoa por todo o lado, como sempre ecoou, a diferença é que agora não significa nada.
Nada significa nada, nada, nada de nada. É o vazio maldito que não tem significado e não sabe a nada.
Cabelo por todo o lado - estou a agitar a minha cabeça ao som da música insignificante, não sei porquê.
Sinto o mundo a girar, a fugir-me debaixo dos pés, e não sinto nada, estou apática à espera que prossiga. Sinto-o a girar mas não significa nada, nada de nada.
Porque o nada tornou-se tudo e o tudo tornou-se nada, e o mundo, o meu cubículo ficou virado ao contrário, como as crianças julgam a China virada ao contrário, sem remédio ou volta a dar.
O vento sopra, muda de intensidade, o sol queima, aumenta a intensidade, eu não sinto, prefiro assim, leva a dor  da mudança para longe. Queria acreditar que a mudança era tudo o que eu precisava, mas o que eu precisava mesmo era do nada que agora tudo é.
Sinceramente já nada faz sentido, a inexistência é a forma mais comfortável de existir, e depois? Resta esperar que o nada nunca se transforme em algo.


6.6.10

control.

Ás vezes - a maior parte das vezes para dizer a verdade - gostava que todos os dias fossem assim: um domingo intemporal, em que existo apenas em espírito, num quarto demasiado arrumado, mas em que não é necessária a preocupação com a aparência exterior, em que tudo é mais fácil, e um livro para sonhar com mundos distantes, diferentes, retirados da minha rotina apertada.

A maior parte do tempo sinto-me culpada por desejar a facilidade, o caminho mais fácil, a imperfeição, mas a verdade é que enquanto a lógica pede uma coisa, o coração pede descanso, uma saída que ainda não encontrei e cada vez se parece mais com uma luz ao fundo de um túnel cada vez mais longo, escuro, estreito...
É domingo, depois segunda-feira, depois terça, e o ciclo semanal repete-se, as melhorias são até aparentemente visíveis no meu espírito, até a rotina apertada e controla se desmanchar e o medo aumentar e a confusão reaparecer e a ansiedade tomar conta de tudo arrastando-nos pelo abismo abaixo.

27.4.10

do you ever feel like you're falling into a black hole?

do you ever feel like you're falling into a black hole?
a melhor maneira de imaginar a situação é pensar em Bella Swan perdida na floresta depois de ter sido rejeitada (Lua Nova), nada faz sentido, não há direcção, não há saída. E no entanto toda a gente parece saber ou opinar sobre a melhor maneira de dar volta a tal situação apesar de nunca terem estado nessa posição.

7.4.10

sun.

The sun. Hoje tudo o que consegui ver nos poucos momentos de dia que ainda apanhei foi sol. Imenso. E tirei mais fotografias, mas ainda não consegui acabar a porcaria do rolo.
Enfim...
Aparentemente vai haver um espectáculo de Ballet no final do ano lectivo, no qual posso ou não participar. Should be interesting. Moreover, nem acredito que faltam qualquer coisa como DOIS MESES para acabar o bendito Ensino Secundário. Sinceramente não podia ficar mais feliz por ver aquela escola pelas costas. Tentem andar num colégio católico durante 15 anos - hint: not pleasant.


Lamento a criatividade não está muito activa hoje. Tenho que começar a escrever isto mais cedo ou todos os dias vou dizer a mesma coisa...

6.4.10

will grayson.

Hoje foi um dia um bocado random. Não fiz literalmente nada, estive a organizar fotografias de férias antigas.
Enfim... Amanhã quero sair de casa. Estou farta de estar aqui e tem estado bom tempo, por isso...
Inglaterra 2009 
(que nojo de foto. ugh.)

Hoje sai o Will Grayson, Will Grayson... Eu QUERO! Acho que mais uma vez este vai ser um dos meus livros preferidos (assim como todos os outros do John, especialmente Looking For Alaska).

5.4.10

stranger.

Hoje estava a ver televisão e num dos muitos episódios dramáticos de uma série popular (que até é uma das minhas preferidas) comecei a pensar em algo que se diz muito mas nunca acreditamos realmente.



Não sei se é um provérbio ou não. Para dizer a verdade não tenho muito jeito para decorar esse tipo de coisas, mas é dizer popular, segredo que corre de boca em boca: se queres contar os teus problemas, os teus segredos mais profundos, libertar a parte o lado escuro, fala com um estranho.
E a verdade é que, amigo nenhum pode substituir o conforto de desabafar com alguém que não conhecemos, que não nos conhece, que não está envolvido no problema, que não nos julga. E quanto melhor o amigo, menos vontade temos de falar sobre o assunto.
Claro que nem sempre é assim. Há coisas que só falamos com os nossos mais intimos conhecidos. E por isso recusamos este pensamento tão rapidamente.


Mas e se...
No meu caso, sempre preferi falar com pessoas que não conheço sobre certos assuntos porque sei que as pessoas que melhor me conhecem ficariam desiludidas, já para não falar que não é algo que eu possa partilhar mesmo que queira. Aliás tenho a experiência de ter mencionado algo em relação ao assunto, ao "Inominável", a alguém muito próximo. E mesmo estando bêbada no frio de Santos, nunca me hei-de esquecer da expressão de choque, que não posso negar, magoa. Também me lembro que numa tentativa desesperada de recuperar a paz disse que tudo se tinha passado há muito tempo a trás. O que não é verdade e ambas as partes o sabem, mas preferimos ignorar o assunto até que se torne preocupante - e quando esse dia chegar, também sabemos que será 100 vezes pior do que se tivessemos resolvido o assunto logo ao inicío.

4.4.10

binding.

Há coisas das quais eu não falo.
Não porque eu não queira falar delas, mas porque me arrependia se o fizesse.
Especialmente dado as pessoas que o poderiam ler.
E se às vezes nem tudo o que parece é, neste caso mais do que o que parece é realidade.


Ok. Estou a desviar-me do assunto.
O ponto é: às vezes é dificíl falar de certas coisas, não só para mim claro, mas para muita gente no mundo.
Mas se não falarmos, pode ser ainda pior. Ficar a pensar na mesma coisa durante muito tempo numa só perspectiva torna tudo muito mais impossível e definitivo.
Pensar (e viver) só dentro da nossa própria mente, faz com o sentido da realidade se perca. Nunca pensei que fosse possível mas é. Estou só a dizer... Não se percam.

Ás vezes precisava de alguém com quem falar em silêncio...

easter.

Tinha algo de interessante para falar hoje, mas não me lembro de todo o que era, com toda a história da Páscoa. Consegui escapar-me daquilo a que a minha carinhosamente denominou de tarde em familía, que consistia basicamente em ver a Idade do Gelo. Não, obrigado. Instead estive a ver Doctor Who e a comer Nerds.


Hoje de manhã até me tinha levantado cedo com a intenção de trabalhar (ie ler o Memorial do Convento). Turns out que após uma hora, adormeci durante 2. Ou seja, acho que a esta velocidade nunca vou acabar. Acho que começo a perceber aquelas pessoas que não gostam de ler - o problema não é o acto em si, mas o livro (e este é mau demais). Só de pensar que o Will Grayson, Will Grayson sai já dia 6...

3.4.10

growth.

Easter. Tomorrow. Ugh.

Os Blood Red Shoes vão ao Santiago Alquimista dia 11. Gostava de ir... Alguém vai?
Odeio estar de férias em Lisboa quando mais ninguém cá está. É que nem para trocar mensagens dá... Sinto-me como se estivesse numa ilha ou whatever.
Hoje estive a fazer arrumações. Encontrei montes de porcaria antiga, incluindo montes de bilhetinhos que costumava mandar nas aulas do 6º ao 11º ano. Os senhores da reciclagem vão ficar contentes com o meu contributo avantajado de histórias da adolescência em papéis diminutos.
Também encontrei uma quantidade elevada de bocados de jornais com noticías de Harry Potter, recibos dos livros, e até, para minha surpresa, um bilhete de cinema do primeiro filme (Sessão das 13:05 no Colombo). Mas isto já era de esperar e é sempre agradável - já as conversas ridículas sobre quem anda com quem no 7ºano em cores flurescentes e com cheiro a fruta nem tanto.

Ainda bem que as pessoas crescem.

2.4.10

alone in Lisbon.

Porquê? Sim porque é que eu me comprometi a fazer isto? Nem sei.
Vamos no segundo dia de Abril e não há nada de interessante para dizer: hoje é sexta-feira santa, feriado familiar ao qual eu não consigo escapar porque quase toda a gente que eu conheço ou está no Brasil ou noutra parte do Mundo (exclusive Lisboa).
Por isso apetece-me apenas ficar aqui a olhar para o dia acabar e que amanhã se faça algo de melhor. Quero ver se acabo o rolo da Fisheye rapidamente para o revelar, ver se saiu alguma coisa de jeito. Já não estou nada habituada a máquinas analógicas, mas é muito mais entusiasmante do que as digitais.



Anyway,
nem acredito que vou ficar uma semana "isolada" do mundo. Por um lado apetece-me ficar a não fazer nada, a fazer um layout novo para isto, a ler e ver televisão e ficar mais do que relaxada para os meus 2 últimos meses de Ensino Secundário, ever. Por outro tenho uma ficha de matemática para fazer e o Memorial do Convento para ler, e infelizmente tenho que aproveitar esta semana para o fazer. Ugh.

See ya tomorrow, lovelies <3

1.4.10

beda.

A última hora de dia 1 de Abril de 2010 já começou e eu apercebi-me que se não vou fazer VEDA (vlog everyday April) tenho que fazer BEDA pelo menos. Nem há desculpas para não o fazer nem que seja uma linha por dia!

Hoje não há muito mais a dizer a não ser que adorei Amesterdão, especialmente as inevitáveis bicicletas, e finalmente arranjei uma Lomo Fisheye e estou in love.

21.3.10

dark.

Why don’t you speak Effy? Doesn’t anyone ask you why? Doesn’t anybody care?
Michelle
Não tenho muito para dizer. Foi um fim-de-semana parado. Cada vez gosto mais de parar, ficar parada a pensar sem ninguém me chatear. E ás vezes tenho choques de energia. A vida está a tornar-se cada vez mais estranha por aqui... Toda a gente com medo de ir para a faculdade, eu sem dinheiro para ir para fora. Ás vezes gostava mesmo de desaparecer - esconder-me debaixo do edredon de manhã e ficar lá até estar cansada do escuro.

Anyway, esta semana há festa de lançamento do Lua Nova, lovelies. Por isso se vivem na zona de Lisboa venham à Fnac entre as 21:30 e as 00:00 dizer olá (e quem sabe comprar o DVD?) que eu vou lá estar. Se for como das outras vezes vai ser divertido, por isso apareçam.



{currently addicted to Skins}

18.2.10

fresh grass.


And then the Spring came. And then the sun came.
And then all my problems floated away like they didn't matter anymore, my body became light, my feet entangling with the wet, fresh grass, in a never ending dream. 

vegan.

Yep, that's right. A partir de amanhã é oficial, mas hoje já cortei toda a carne, leite, produtos derivados do leite e mel da minha alimentação. Ok, ao jantar ainda comi peixe, mas apenas porque não tinha nada preparado. This is pretty exciting, to be honest.
Podia ir aqui dar um sermão sobre os motivos pelos quais tomei essa decisão, mas acho que já todos ouviram esta lenga-lenga trezentas vezes, por isso resumindo, foi por motivos éticos, de preferência pessoal e de saúde. Vou continuar a fazer bolos normais para quem quiser, só não os vou comer :P

13.2.10

日の出。

Abri os olhos, a escuridão repetiu-se perante eles, a imagem recorrente de quem não sabe o que fazer e que já não consegue procurar mais. Ao fundo da sala, a janela reflecte as sombras escuras da noite, o silêncio vibra sem escapatória possível. O frio vai-se acumulando, chegando a embrenhar-se na minha pele, até aos meus ossos, há medida que a manhã vai sendo descodificada.
A paisagem magnificente do nascer do sol é interrompida pelo murmurinho descuidado da vida a acordar para um novo dia. E há medida que este vai crescendo, aumentando de volume, eu vou ficando mais isolada e o sol vai deixando o seu momento de glória para trás, acompanhando o movimento interminável que não consigo mais acompanhar.

ありがとう

12.2.10

month.

Omg, it has been a month already?! It felt like a week.
So many things to do, so little time left in between.
E daqui a pouco Fevereiro chegou ao fim. Desculpem-me por não dar a devida atenção a isto. Eu sei que mereço ser castigada haha, mas por outro lado este ano é o meu último ano de secundário, e daí haver mais coisas para fazer. Por exemplo, estou a organizar o livro de curso na minha turma, o que não é nada de especial,   mas é uma actividade de 12ºano por isso... Overall, I guess que me estou a aperceber que este É o último ano que passo com estas pessoas e estou a 'aproveitar o momento'.
Anyway, este não vai ser o post mais incrivel do mundo, vai ser exactamente o oposto, mas prometo voltar brevemente até porque tenho andado a dar muitas voltas (mentais e fisícas, mas eu referia-me às primeiras).

See ya
<3

16.1.10

real me.

Há uns tempos atrás participei num projecto de uns amigos meus chamado "O Homem Pássaro", o qual consiste de uma publicação de uma revista mensal online.
Anyway, eu fui escritora convidada no mês de Novembro com este texto:


Já há muito que as cores não eram tão vividas, que os sons não eram tão claros, que eu não estava viva. É fácil pensarmos todos a mesma coisa, vestirmos todos a mesma roupa, sermos todos produzidos em série. É difícil distinguir os sonhos da realidade, lutarmos por aquilo em que acreditamos, pelo que amamos. Há noites frias e escuras de Inverno que eu passeio pelas ruas e observo a dinâmica da vida dos outros – porque essa sempre foi mais interessante que a minha –, imagino de onde vêm, para onde vão… No fim são pessoas como eu. Têm vidas, família, cores preferidas, … Mas será que se lembram do que é ser?
No autocarro, impessoal e malcheiroso, uma rapariga com um gorro branco está a ler um livro. Fico a observá-la: quem é, que tipo de pessoa é, em que escola anda, tem namorado? Provavelmente é alguém de quem os pais estão orgulhosos, com poucos amigos, mas bons, notas quase perfeitas, quer ser a melhor e tem sempre alguém especial que está disposto a ouvi-la. Às vezes queria ser essa rapariga, queria ser alguém de quem os meus pais têm orgulho, queria ser uma melhor amiga, uma melhor estudante. Talvez não fosse ‘eu’, mas seria certamente mais agradável para os outros.
Porém só quando ela retribui o olhar é que eu percebo que a vida que eu criei para ela não é verdadeira, assim como eu não sou quem ela pode imaginar. E por isso é que o meu passatempo indiscreto é tão interessante – aquela inocente rapariga podia até ter uma vida mais difícil que a minha mas na minha imaginação ela será sempre alguém que eu quero ser.
É difícil ser-se alguém quando todos nos pressionem para sermos a mesma pessoa. A pessoa certa. Mas qual é a pessoa certa? Existe uma resposta para isso? Após 17 anos da minha vida, olho para trás e vejo que me deixei enganar pela vida. E agora, o que é que tenho para oferecer? Nada. Tenho-me a mim, a uma pessoa real, a uma pessoa verdadeira. É mais do que muitos têm, mas não é suficiente. Todos esperam algo diferente de mim, até eu espero algo diferente de mim... Mesmo assim, no fim do dia, deitada a observar as estrelas no céu escuro de Inverno tudo o que eu tenho é esperança e lágrimas e tudo o que eu quero, tudo o que todos queremos, é a verdade – e bem, possivelmente felicidade – mas raramente a encontramos. Não é fácil. Fácil é desistir de a procurar.

Retirado de O Homem Pássaro nº2
Eles ainda não têm muitos leitores, por isso se gostaram deviam dar uma vista de olhos no blog deles. Aconselho a começarem pelo nº1 porque há histórias que começaram nessa edição.
E já agora obrigado a todas por me desejarem as melhoras! Resultou, já estou melhor e ansiosa por sair de casa (ao contrário de vocês hehe).

14.1.10

estou doente.
uma semana em casa, como manda o atestado.
pensei que ia ficar mais feliz, mas está a ser uma seca.


...


eu sou tão ingrata. quantos de vocês não davam tudo para ter ficado esta semana chuvosa a dormir até tarde e a ver televisão...
como aguém que eu conheço (eu) diria
'a vida é uma merda, bem vindo ao clube'

roadtrip.


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