16.8.10

making decisions.

Chega uma altura em que é preciso tomar decisões: direita ou esquerda, economia ou gestão, branco ou preto, ser feliz ou não... Na verdade cada vez me custa mais a acreditar que a última seja uma opção, mas funciona mais como uma predisposição genética. A felicidade é algo que é tão ridiculamente óbvio para algumas pessoas, e para outras não poderia ser uma regalia mais rara.
Decisões, decisões, ... Quanto mais o tempo avança mais dificeis se tornam as escolhas, mais emaranhado se torna o percurso por entre as árvores, o nevoeiro a encobrir o que se avizinha, a floresta em que vivo a obstruir a passagem de todas as maneiras possiveís. Não há saída? Não parece haver. Eu procuro e procuro, eu caio e volto a levantar-me, apenas para descobrir que ando às voltas no mesmo círculo vicioso.
"Vale a pena lutar?" - pergunto-me - "Vale a pena continuar a massacrar o que já está dormente de dor?"
Penso seriamente no assunto, mas eventualmente sempre me levanto e continuo a busca. Porém a questão põe-se mais uma vez: ficar ou ir, desistir ou lutar, ganhar ou morrer? Ao fim do dia os meus ossos estalam e pesam e arrastam-se preparando-se para um novo dia, dia após dia, neste labirinto sem fim.