5.4.10

stranger.

Hoje estava a ver televisão e num dos muitos episódios dramáticos de uma série popular (que até é uma das minhas preferidas) comecei a pensar em algo que se diz muito mas nunca acreditamos realmente.



Não sei se é um provérbio ou não. Para dizer a verdade não tenho muito jeito para decorar esse tipo de coisas, mas é dizer popular, segredo que corre de boca em boca: se queres contar os teus problemas, os teus segredos mais profundos, libertar a parte o lado escuro, fala com um estranho.
E a verdade é que, amigo nenhum pode substituir o conforto de desabafar com alguém que não conhecemos, que não nos conhece, que não está envolvido no problema, que não nos julga. E quanto melhor o amigo, menos vontade temos de falar sobre o assunto.
Claro que nem sempre é assim. Há coisas que só falamos com os nossos mais intimos conhecidos. E por isso recusamos este pensamento tão rapidamente.


Mas e se...
No meu caso, sempre preferi falar com pessoas que não conheço sobre certos assuntos porque sei que as pessoas que melhor me conhecem ficariam desiludidas, já para não falar que não é algo que eu possa partilhar mesmo que queira. Aliás tenho a experiência de ter mencionado algo em relação ao assunto, ao "Inominável", a alguém muito próximo. E mesmo estando bêbada no frio de Santos, nunca me hei-de esquecer da expressão de choque, que não posso negar, magoa. Também me lembro que numa tentativa desesperada de recuperar a paz disse que tudo se tinha passado há muito tempo a trás. O que não é verdade e ambas as partes o sabem, mas preferimos ignorar o assunto até que se torne preocupante - e quando esse dia chegar, também sabemos que será 100 vezes pior do que se tivessemos resolvido o assunto logo ao inicío.

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