8.7.09

memories.


Dá-me a tua mão. Fecha os olhos.
Suavemente dá uma volta, como se este fosse o melhor momento da tua vida, como se esta fosse a melodia mais bela que já alguma vez ouviste.
Uma lágrima cai. Um suspiro é libertado em vão, e o medo que o outro se tenha apercebido aumenta. O fim nunca esteve tão perto.
O sol entra pela janela, iluminando o chão mogno, envernizado, no qual passámos tantos momentos juntos, a dançar, deitados a contar os defeitos do tecto, aninhados um no outro nos dias de inverno, lutando para manter o calor, ouvindo a chuva a tentar perturbar o momento.
Tudo acaba, não há dúvida.
A questão é: vais-te lembrar?
Serão estas memórias dignas da nossa lembrança, do nosso sofrimento sempre que nos lembrarmos do que deixámos para trás.
Ou será que são apenas memórias, vazias, como todas aquelas que vieram antes de ti...?

cate.

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