4.1.08

It's pouring

Acabei de ligar as luzes em toda a casa. Está a começar a ficar escuro. Do outro lado da janela a chuva começa a bater com uma tal intensidade que se torna impossível ouvir a televisão que se encontra ligada a escassos metros. Ao olhar para fora da janela reparo que as luzes da escola ainda estão ligadas…

Por fim decido-me a desligar o som da televisão e a apenas ouvir a chuva.

É incrível. A chuva. É também incrível como algumas pessoas amaldiçoam a chuva. A chuva faz parte da minha essência e porém oiço pessoas todos os dias a difamarem-na, a dizerem mesmo que a odeiam! E eu pergunto: como é possível odiar a chuva?

Haveria então pessoas que diriam que eu também odeio outras coisas, como pessoas, e que talvez isso seja pior que odiar a chuva, porque aliás, e agora estou a citar uma pessoa que odeia a chuva, a chuva estraga o cabelo. Eu diria mesmo que este é um bom ponto de vista, contudo as pessoas são mais fáceis de odiar. Algumas fazem coisas, que nos magoam, e no dia seguinte voltam como se nada se passasse. A chuva não. A chuva só nos visita de vez em quando, e principalmente quando menos a queríamos, no Inverno, e isso pode-nos levar a não simpatizar com ela. Mas a chuva sempre volta de vez em quando e tenta começar de novo. Ela lava as nossas memórias negativas e os nossos projectos vingativos. Ela repõe esperanças. Ela cria vidas. Ela traz mudança. Porque sempre que a chuva aparece isso significa que toda aquela “poeira” que estava a assentar nas nossas vidas vai ser lavada e vai ficar a brilhar novamente.

A chuva é aquilo a que eu gosto de chamar uma segunda oportunidade. E quantas vezes nós não pedimos por segundas oportunidades…

Eu também sei que toda esta conversa sobre a chuva e a mudança e as “segundas oportunidades”, não vai mudar nada do que eu já fiz e disse, mas pode marcar a diferença. Porque eu também já fui uma dessas pessoas ignorantes que odiava a chuva…

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