9.1.08

A Pequena Flor Da Amizade

Apetece-me chorar, sabes? Quando vejo o sol, quando olho o pequeno monte verde, tão imponente, tão resistente e contudo ninguém nota que ele ali está. Quem te fez mal pequenino? Porque ninguém se preocupa contigo, lindo? Oh Meu Deus! Por favor ajuda-o! Até o sol escurece de tamanha tristeza. É horrível ver o que te fazem… Não mereces! És o meu melhor amigo, e vou te proteger para o fim da minha vida! Por muito mal que estejas, por muito encoberto que estejas, eu estou aqui e vou te ajudar!

Porque é isso que os amigos fazem. Eles impõem-se perante todos os inimigos, por mais poderosos que sejam para salvar a pequena flor que nasceu… A Amizade.

Aquela pequena flor que floresceu, pequena, frágil, e que o sol e a água ajudaram a fortalecer, e que agora perante o vento furioso já não padece. Aquela pequena flor, amarela, que parece brilhar quando cresce, quando está feliz. Oh… Como eu gosto dessa flor. É a mais bela que algum dia vi, a mais suave que alguma vez toquei… Tem o perfume mais hipnotizante e doce que já alguma vez cheirei. Mas quando essa flor murcha é a coisa mais triste que se pode sentir. É um frio cortante, é uma tristeza pura, ver murchar aquela flor pequena que tanto custou a criar. É uma vida que se perde, é o início do fim. E se essa flor murchar alguma vez, será horrível. O brilho, a alegria, o perfume… Tudo isso acabará e no seu lugar apenas virá miséria, temor, tristeza e morte, pois matar a amizade é o crime mais horrível que alguma vez se viu. É algo indescritível, que deveria ser evitado. Mas a flor que nos une nunca, nunca irá murchar, porque sem o meu pequeno monte eu sou menos que vento, sou menos que o vazio… Sou uma sombra de uma vida, um espectro que não sabe como abandonar a Terra de vez, e que apenas sabe como arruinar vidas belas e alegres. Mas isso não acontecerá, eu prometo. Eu hei-de proteger-te até partir para uma terra distante de onde ninguém consegue voltar. Mas nessa altura tu, meu pequeno monte, hás-de perceber o significado de toda uma vida, uma pequena vida que mora dentro de uma pequena e inocente flor. E aí a nossa flor há-de crescer, crescer e tornar-se na maior que tu alguma vez viste.

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